Este projecto tem como objectivo a exposição pública da música que nos toca ao longo do tempo.
É um desafio que faço a vários amigos e que desejo muito que seja aceite.
Sem obrigatoriedade de frequência o importante é ir actualizando à medida que novos sons nos toquem a ponto de os querermos partilhar.
Merril Garbus, presenteia-nos este ano com o segundo tomo de um dos mais impressionantes e originais projectos de que tenho memória e que dá pelo nome de "tUnE yArDs".
Com o seu ukelele e um poderoso instrumento vocal aos quais mistura uma viagem pela cultura musical norte americana desde o jazz ao blues e algumas vocalizações profundamente folk, embala-nos e faz-nos viver experiências ricas e refrescantes.
Não é de admirar que logo após o lançamento do seu primeiro trabalho, "Bird Brains", que foi gravado e produzido de forma simples com recurso a tecnologias semi-profissionais a partir de sua casa, a editora 4AD tenha ficado interessada neste projecto e o tenha mesmo integrado no seu fabuloso catálogo.
A frescura deste projecto reflecte-se também nos métodos, muitas vezes heterodoxos, com samples de crianças a rir, a brincar ou a tossir ou loops de percussões e vocalizações hipnóticos. Não se pode deixar de mencionar o trabalho do baixista Nate Brennerque, por vezes subtil, não deixa de ser ardiloso e que muito enriquece o resultado final.
Por entre leveduras de padeiro, azoto líquido e complexos proteicos dei-me a vibrar com o pop viciante dos Ladytron e foi assim que conheci esta banda de Liverpool com uma costela búlgara. Trazem referências sonoras dos finais dos anos 70, início dos anos 80 evocando um registo de um electropop sombrio e tenso.
Não conheço pessoalmente a Mira Aroyo, uma das vocalistas, mas há duas coisas que temos em comum: ambos somos Bioquímicos e a outra já a sabem.
Neil Hannon dos Divine Comedy é um génio do século XVIII que nasceu depois do tempo.
Um compositor, maestro e trovador que escreve histórias, com música por dentro.
A primeira vez que ouvi estas músicas orquestrais que enchem uma vida, fiquei apaixonado e obcecado pela sua música. Mas quando tive a oportunidade de o ver ao vivo, fiquei triste, muito triste.
Nenhuma orquestra deve deixar um homem tão frágil sozinho num palco.
Esta é dedicada as maravilhosas criaturas que me têm acompanhado e que se alimentam maioritariamente de Lá LáLá's
Apesar das muitas críticas depreciativas eu acho que este este álbum é a confirmação de uma grande banda e uma grande carreira, desde a "fiesta" às influências árabes mas sempre com o rock'n roll como pano de fundo este é um dos melhores álbuns deste ano!!